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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

"Ode à rainha"


Iemanjá é uma divindade de muitas faces explicitadas em seus muitos nomes. Estas denominações guardam segredos, alguns a sete chaves, o que é chamado "fundamento" do candomblé e não devem ser publicizados na avaliação da yalorixá Stella de Oxóssi do Opô Afonjá.

O mesmo repete o religioso do candomblé e doutorando em História Social, Jaime Sodré. "As qualidades da divindade, como a gente chama no candomblé, são próprias do espaço sagrado", completa Sodré. A música então foi buscar na poesia a forma de saudá-la, nas suas diversas formas de ser, mesmo sem entrar em detalhesJanaína, Marabô, Princesa de Aiocá, Inaê, Sereia, Mucunã, Maria, Dona Iemanjá desfiam Pedro Amorim e Paulo César Pinheiro na canção Iemanjá, Rainha do Mar.

Oguntê, Kayala, Sogbá, Oloxum completam A Lenda das Sereias de Vicente Mattos, Dinoel Sampaio e Arlindo Velloso, samba-enredo da Império Serrano, que ganhou interpretação também na voz de Marisa Monte. Na Bahia,segundo Pierre Fatumbi Verger, no livro Orixás são sete os tipos de Iemanjá: Iemowô, Iamassê, Euá, Olossá, Ogunté, Asabá e Assessu. Estas definições, de acordo com Fatumbi, são descritas mais detalhamente na cultura religiosa cubana, nos passos do trabalho de Lydia Cabrera, que,na verdade, seriam os sete caminhos para se chegar a uma só divindade.

Em meio a segredos e revelações, o certo é que Salvador sabe bem como celebrar a divindade que parte do seu povo acredita reger um dos seus mais belos bens: o mar. Em praças localizadas em endereços variados Rio Vermelho, Itaigara, Itapuãgradis e outros cenários para a criação livre de artistas, a rainha do mar é saudada.

Tão imenso como o mar é a representação que Iemanjá ganha na sensibilidade de quem aprendeu a vê-la como extensão de um elemento que é infinito. Às vezes, calmo, e em outras turbulento, sensível à criação da vida e capaz de hipnotizar o olhar com a sua beleza ou a sua força.

Daí que não é supresa ganhar Iemanjá os ares da representação de mãe e rainha, duas boas traduções para o poder feminino. Também ela aparece em forma de sereia, num encontro entre a tradição africana e a européia. Então, acompanhando o coro dos poetas que a celebra com as mais variadas artes, saudações à rainha e mãe: Odoyá!

fonte: a tarde on line

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